
A varicela é uma infeção causada pelo vírus Varicela-Zóster, pertencente à família dos herpesvírus. Apesar de ser frequentemente associada a épocas mais frias, pode ocorrer em qualquer altura do ano, inclusive no verão, quando as condições sociais e ambientais favorecem a sua transmissão.
Características Clínicas
Inicialmente surgem pequenas manchas vermelhas (máculas) que passado uns dias evoluem para vesículas e posteriormente progridem para crostas. Além da afetação cutânea, é habitual o aparecimento de febre, cefaleias, mal-estar geral, falta de apetite e prurido intenso.
Embora a varicela seja muitas vezes conhecida como uma “doença da infância”, os adultos que não foram imunizados podem desenvolver formas mais graves da doença, com maior risco de complicações pulmonares e neurológicas.
Período de Incubação e Contágio
Período de Incubação
O tempo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas é geralmente de 10 a 21 dias, sendo mais comum entre 14 a 16 dias.
Período de Contágio
Inicia-se cerca de 1 a 2 dias antes do aparecimento das máculas e prolonga-se até ao momento em que todas as lesões tenham formado crosta, o que geralmente acontece entre 5 a 7 dias após o início da erupção.
Transmissão
O vírus é transmitido de pessoa para pessoa através de contacto direto com as lesões cutâneas ou com objetos contaminados, e também por via aérea, através da inalação de gotículas respiratórias expelidas quando a pessoa infetada tosse, espirra ou fala.
A varicela pode ser um risco no verão?
Durante o verão há um aumento da circulação de pessoas em locais públicos como praias, piscinas, parques e colónias de férias, o que pode constituir um risco para a transmissão e aparecimento de novos surtos.
Contudo, os estudos indicam que a maior incidência de casos é no fim do inverno e no início da primavera.
Sintomas mais frequentes
- Erupção da pele – inicialmente sob a forma de máculas
- Febre ligeira (que pode ser mais grave no adulto)
- Mal-estar geral
- Fadiga
- Falta de apetite
- Prurido intenso
Clinicamente, a erupção cutânea da varicela caracteriza-se pelo aparecimento inicial de máculas avermelhadas, que surgem geralmente na face e no tronco, espalhando-se do centro do corpo para as extremidades. Podem também surgir lesões no couro cabeludo e nas mucosas orais ou genitais, especialmente em casos mais intensos.
Estas lesões evoluem rapidamente para pápulas, depois vesículas que mais tarde se tornam pustulosas e finalmente formam crostas.
Contudo, é bastante comum e característico a existência concomitante de lesões em diferentes estádios de evolução.
Vacinação
A vacina contra a varicela é uma vacina de vírus vivo atenuado que está aprovada em Portugal. Embora não esteja incluída no Programa Nacional de Vacinação, a sua toma está autorizada em determinados grupos de risco.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria também não recomenda a vacinação de crianças saudáveis sem fatores de risco.
Esta medida visa a não alteração do padrão epidemiológico da doença.
A vacinação está recomendada nos seguintes grupos de risco:
- Adultos ou crianças em contacto regular com indivíduos imunocomprometidos;
- Indivíduos não imunes com profissões de alto risco (profissionais de saúde, trabalhadores de creches e infantários);
- Pais de crianças não imunes;
- Mulheres não imunes antes da gravidez.
Quando preconizada a toma deve ser feita em dois momentos:
- Primeira dose: a partir dos 12 meses de idade;
- Segunda dose: pelo menos 4 semanas depois, idealmente administrar até aos 6 anos.
Prevenção e Controlo
A adoção de medidas básicas de higiene, como lavar frequentemente as mãos, evitar o contacto próximo com pessoas infetadas e a desinfeção de superfícies, são cruciais para evitar a propagação do vírus.
Além disso, é fundamental evitar o contacto de indivíduos com lesões ainda não cicatrizadas com recém-nascidos, imunodeprimidos e grávidas não imunes, devido ao risco aumentado de complicações nestes grupos de risco.
Em que situações deve realizar exames no Aqualab?
Dúvida sobre imunidade
Se não tem a certeza se já foi infetado ou vacinado, os testes serológicos permitem determinar o seu estado imunológico.
Dúvida sobre imunidade
Se tem sinais ou sintomas sugestivos de infeção pelo vírus, particularmente se é um indivíduo imunocomprometido, a confirmação laboratorial, através de PCR ou serologia, é recomendada para estabelecimento do diagnóstico
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