1. Devo estar em jejum para fazer as análises?
Regra geral, o paciente deve obedecer a um jejum de pelo menos 8 horas para fazer as suas análises, havendo análises em que o paciente deve obedecer a um jejum mais prolongado, de pelo menos 12 horas, nomeadamente nas do Colestrol Total e suas fracções, Triglicéridos e Lipidograma.
No entanto, existem muitas análises em que o jejum não é obrigatório, como nas análises virais, hormonais, bacteriológicas, alergologia ou imunológicas. Deve sempre procurar que o seu médico assistente ou o seu laboratório lhe expliquem qual a condição necessária em que se deve encontrar no momento em que vai realizar as análises. Em caso de dúvida, e se por alguma razão não conseguir o esclarecimento das suas dúvidas, deve sempre optar pelo jejum.
2. Que quantidade de sangue é extraída durante a colheita?
O volume de sangue recolhido pode variar bastante consoante o número e o tipo de análises requeridas pelo médico. No entanto, regra geral, é colhido cerca de 6 a 9 mL de sangue.
3. Que informações devo dar ao técnico responsável pela colheita?
Todas as informações são importantes e úteis para o técnico. Mas as mais relevantes são, se já se sentiu indisposta ou chegou mesmo a desmaiar em colheitas anteriores, se tem alguma condição de saúde que possa influenciar a colheita ou a análise da mesma, se se encontra a tomar alguma medicação que possa interferir com a análise ou com a colheita de sangue, nomeadamente anti-coagulantes, que aumentam o tempo que demora a estancar o local da picada.
4. Porque é que fiquei com um hematoma depois da colheita de sangue?
Não é muito habitual que tal aconteça. Porém, por vezes, na zona da punção pode acontecer um derrame, formando assim o hematoma.
Um hematoma é uma colecção de sangue no interior de um tecido. Dito de outro modo, sempre que o sangue escapa ao seu meio natural – os vasos sanguíneos – e se acumula de forma significativa entre as células de um determinado orgão ou tecido acontece um hematoma. Quando este fenómeno ocorre na pele ou nas estruturas situadas imediatamente abaixo designa-se por equimose, entidade que vulgarmente se conhece com o nome de «nódoa negra».
O aparecimento de um hematoma pode dever-se a vários factores, nomeadamente:
- A compressão inadequada do local de colheita;
- Em veias muito finas;
- Em colheitas difíceis;
- Por acção de um medicamento.
Existem pessoas que são mais propensas ao desenvolvimento de hematomas, ficando muitas vezes com um hematoma no local da punção.
Para evitar a formação de hematomas, deve-se pressionar com um algodão seco o local de punção durante um a dois minuto, não devendo fazer esforços com o braço nos minutos decorrentes.
5. Posso beber água quando vou fazer análises?
Sim, não existe problema em beber água com moderação quando vai fazer as suas análises, visto que esta não vai afectar os resultados, excepto quando em excesso, podendo alterar o resultado da análise à urina. No entanto, não deve beber, nem comer mais nada, para além da água.
6. Posso fumar antes de fazer análises?
Não, antes de fazer as análises não deve fumar. O facto de fumar antes de fazer análises vai influenciar o resultado de algumas, devendo abster-se de fumar nas horas anteriores à colheita de sangue, tal como faz com a comida.
7. Posso tomar a minha medicação habitual?
Existem vários medicamentos que interferem com as análises ao sangue, como os antibióticos, anti-inflamatórios, entre outros. No entanto, a medicação não deve ser interrompida sem orientação médica. Deve informar o técnico que se encontra sob determinada medicação, para que este possa ter uma interpretação correcta das análises, tendo em conta esse factor.
8. Posso fazer análises enquanto estou menstruada?
Sim, pode fazer as análises enquanto está com o período menstrual. No entanto, o médico deve estar ciente que se encontrava com este na altura da colheita, devido à alteração hormonal e de algumas proteínas séricas.
Apenas não é recomendado fazer a análise à urina e exsudatos vaginais, devido ao facto do sangue se misturar com a amostra, devendo fazer a colheita destes quando o período menstrual passar completamente, exceptuando, quando a colheita é muito urgente.
9. Quanto tempo demoram as minhas análises?
No momento da inscrição, o utente é informado do tempo que levará até que as análises estejam prontas, tendo em conta as análises que são requeridas pelo médico. Contudo, o tempo de processamento mais comum é de cerca de uma semana, para entrega no seu centro de saúde.
No entanto, existem análises cujos resultados estão disponíveis no próprio dia e outras, muito específicas, que podem levar mais de oito dias até que o resultado seja emitido.
10. Porquê o atraso na entrega das análises?
Em casos excepcionais, podem ocorrer atrasos com a entrega das análises. O atraso pode dever-se a um conjunto de situações, como a:
- Colheita insuficiente de amostra;
- Necessidade de repetição da colheita para confirmação de resultados;
- Um problema técnico esporádico.
11. Contactaram-me para repetir a colheita. Vai comportar custos adicionais para mim?
Não, no caso de colheita insuficiente, colheita incorrecta ou repetição da colheita para confirmação de resultados, não tem qualquer custo adicional àquele já pago pela análise no momento da inscrição.
12. Devo fazer análises regularmente?
As análises clínicas são exames complementares de diagnóstico, que em conjunto com outros exames e a história clínica do doente, permitem confirmar ou não um diagnóstico. No entanto, não deve só fazer análises quando se encontra doente ou apresenta algum sintoma. Deve fazer análises regularmente, pelo menos uma a duas vezes por ano, visto que existem doenças que num estado precoce, ou mesmo avançado, não apresentam sintomas distintos.
As análises clínicas podem ser requeridas para variadas situações, nomeadamente, para um simples check-up, usadas na monitorização de determinadas patologias (ex: diabetes), confirmação ou não de um diagnóstico e na detecção precoce de muitas doenças, podendo o médico actuar mais cedo no tratamento das mesmas, aumentando a possibilidade de tratamento e/ou cura.
13. Quais são os locais de onde me podem retirar sangue para análises?
O local de eleição para a colheita de sangue é na fossa antecubital do braço, no entanto pode ser feita a colheita no antebraço ou nas mãos. Existem ainda casos pontuais, em que possa ser necessário recorrer a outros locais de colheita, como o cotovelo, pés ou tornozelos.
14. As minhas veias são muito complicadas de encontrar. O que posso fazer para facilitar o seu aparecimento?
Nos bébés ou em algumas pessoas, em que é muito complicado encontrar as veias devido a tratamentos agressivos, como quimioterapia, nem sempre é fácil ao técnico conseguir encontrar veias superficiais para poder puncionar.
O que se pode fazer para facilitar o aparecimento das veias é colocar um pano quente sobre o braço ou fazer algum exercício com o braço, como por exemplo segurar um balde relativamente pesado, fazendo com que as veias do braço dilatem devido ao exercício ou ao calor, facilitando assim o aparecimento das veias.
15. Como sei o que devo ou não levar e se devo estar em jejum?
Deve sempre pedir para o seu médico assistente para lhe explicar o que vai fazer e qual a preparação necessária para fazer os exames. Caso isto não aconteça, ou tenha alguma dúvida, deve contactar o Aqualab para que lhe seja explicado qual a condição e os cuidados necessários para realizar as análises requeridas.
Devida à variedade de análises disponíveis, são vários os cenários possíveis. No entanto, o mais comum é que a pessoa se encontre em jejum por um período mínimo de 12 horas.
16. Posso levar a urina de casa ou devo fazer no laboratório?
O ideal seria a pessoa realizar a colheita no laboratório. No entanto, para sua própria comodidade pode realizar a colheita de urina no conforto da sua casa, usando um recipiente estéril e próprio para o armazenamento da urina.
O que deve ter consciência é que nem sempre se pretende a primeira urina da manhã (Urina II), mas sim a recolha de uma Urina Asséptica. Esta implica cuidados específicos e deve ser colhida no laboratório. Pode passar pelo Aqualab onde lhe será disponibilizado o recipiente ou então comprá-lo numa farmácia perto de si.
17. O que é uma Urina Tipo II e uma Urina Asséptica?
A Urina Tipo II é a terminação usada para a análise morfológica, física e química da urina.
A Urina Asséptica é a colheita da urina com todos os cuidados assépticos, usada para a pesquisa de infecções urinárias causadas por bactérias.
Quer numa quer noutra, a amostra preferencial é a primeira urina da manhã, devido a esta se encontrar mais concentrada. No entanto, ambas as amostras podem ser colhidas em qualquer altura do dia, devendo a urina asséptica ser colhida no laboratório.
18. Como é assegurado que não existem trocas e como são identificadas as amostras com os meus dados?
No momento da inscrição do utente é atribuído um número único de identificação no laboratório, que permite aceder aos dados disponibilizados pelo utente. Todas as amostras são identificadas no momento da colheita com etiquetas com códigos de barras com o número de identificação atribuído.
Devido à grande automatização dos aparelhos existentes no laboratório, no momento da análise das amostras, os aparelhos lêem o código de barras e atribuem o resultado ao devido número, assegurando assim que não existem trocas entre resultados de pacientes.
19. Que situações podem fazer com que seja necessária realizar uma nova colheita?
Em certas situações esporádicas, o utente pode ser novamente convocado para realizar nova colheita. Existem algumas situações que podem motivar a que seja necessário a nova colheita. Das mais comuns, é a colheita insuficiente de sangue, devido a uma colheita que foi difícil, mas existem outras:
- Como a necessidade de nova colheita para confirmação de resultado;
- Em colheitas muito prolongadas, pode ocorrer com que o sangue acabe por coagular, alterando o resultado das análises;
- Em colheitas difíceis, pode ocorrer a hemolise da amostra, causando a alteração de alguns parâmetros;
- Colheita incorrecta da amostra (ex: contaminação na colheita da urina asséptica);
Ou outras, como falha humana ou problemas com equipamentos.
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